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na hora “h”
no dia “d”
na hora de pagar pra ver
ninguém diz o que disse
(não era bem assim)
na hora “h”
no dia “d”
na hora de acender a luz
ninguém dá nome aos bois
(tudo fica pra depois)
na hora “h”
no dia “d”
ninguém paga pra ver
tudo fica prá trás
(querem mais é esquecer)
mas é impossível repetir
o que só acontece uma vez
é impossível reprimir
o que acontece toda vez
que alguém acorda
porque já não aguenta mais
e a corda arrebenta
no lado mais forte
é muito engraçado
que todos tenham os mesmos sonhos
e que o sonho nunca vire realidade
é muito engraçado
que estejam do mesmo lado
os que querem iluminar
e os que querem iludir
é muito engraçado
que todo mundo tenha
armas capazes de tudo
de todo mundo acabar
no dia “d”, na hora “h”
mas é impossível repetir
o que só acontece uma vez
é impossível reprimir
o que acontece toda vez
que alguém acorda
porque já não aguenta mais
e a corda arrebenta
no lado mais forte
é impossível repetir
o que só acontece uma vez
é impossível reprimir
o que acontece toda vez
que chega a hora
de dizer chega…
…a hora…
…de dizer chega…
não pagar pra ver
a verdade a ver navios
onde já se viu?
(A verdade a ver návios).
“Eu presto atenção no que eles dizem
mas eles não dizem nada
Toda forma de poder é uma forma de morrer por nada.
Toda forma de conduta se trasforma numa luta armada.
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer tudo que eu vi
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer tudo o que fiz
O fascismo é fascinante deixa a gente ignorante e fascinada
É tão fácil ir adiante e esquecer que a coisa toda tá errada
A história se repete mas a força deixa a história mal contada,
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer tudo que eu vi
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer tudo que eu vi
Chuva de conteiners e entreteiners no ar,
Chuva de conteiners e entreteiners no ar,
eu posso achar normal o que o som ecoa.
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer tudo que eu vi
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer tudo que eu vi
E falta pão, o pão nosso de cada dia,
e sobra pão, o pão que o diabo amassou
e falta pão, o pão nosso de cada dia,
e sobra pão, o pão que o diabo amassou.
Talvez você passe por aqui
E me faça esquecer tudo que eu vi
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer tudo que eu vi.”
(Engenheiros do Hawaii – Toda forma de poder).
Sabe o que é anarquismo? leia de novo e reflita!
Será que estamos retornando a ditadura ou será que nunca saímos dela?
Abaixo a carta feita pelos estudantes sobre a invasão do dia 15/11/2007, para reintegração de posse solicitada pelo Reitor Naomar de Almeida Filho.
O texto é longo, mas merece atenção, até para se ater aos fatos e não se deixar levar por notícias em pseudo-jornais e afins.
Para maiores detalhes da ocupação veja no blog.
“Nós, estudantes que há 46 dias ocupamos a Reitoria da UFBA por uma
Assistência Estudantil digna e contra o decreto do REUNI, viemos mais
uma vez denunciar o autoritarismo, a violência e o desrespeito à
democracia praticados pelo Reitorado da UFBA e pelo Governo Federal
Brasileiro.
No dia de hoje, 15 de Novembro de 2007, data de comemoração da
“Enganação da República”, por volta das 07:00h da manhã, a Polícia
Federal invadiu a Reitoria ocupada por estudantes e já de início
mostrou claramente como agiria.Após percebermos a chegada da polícia,
sentamos de braços dados no chão do salão da reitoria e dissemos que
não nos submeteríamos ao mandado de reintegração de posse, pois não
havia ali o que ser reimpossado. A partir daí, a polícia federal nos
ameaçou de diversas formas e em seguida, percebendo que não
cederíamos, avançou sobre nós puxando violentamente o cabelo e os
braços de alguns estudantes, esmurrando e chutando outros e agredindo
verbalmente ä tod@s. Alguns de nós foram arrastados pela escadaria da
frente da reitoria e 4 de nós (um estudante de história, uma estudante
de medicina, um estudante de ciências sociais e um estudante de
comunicação) foram humilhados, espancados e levados presos no Camburão
para a sede da Polícia Federal no bairro de Água de Meninos.Quando
fomos tod@s expulsos à força da Reitoria, a polícia jogou parte de
nossos pertences porta a fora e fomos impedidos de reaver a outra
parte. Durante a ação policial dentro da reitoria fomos impedidos de
filmar ou fotografar quaisquer coisas; os policiais coagiram verbal e
fisicamente @s estudantes que portavam câmeras.Na frente da Reitoria
quando noss@s colegas estavam sendo pres@s, tentamos dissuadir a
polícia das prisões e fomos mais uma vez agredidos, desta vez com
spray de pimenta disparado contra nossos olhos.Quando a expulsão
terminou, nos reunimos ao lado da Reitoria , buscamos atendimento
médico para @s estudantes ferid@s no Hospital Universitário, que fica
a poucos metros da Reitoria, e mais uma vez fomos tratad@s com
completo desrespeito: os seguranças do Hospital não só impediram nossa
entrada como impediram que contatássemos @s médic@s presentes no
momento para que prestassem atendimento aos estudantes agredid@s. Em
seguida, levamos @s estudantes mais ferid@s para o Hospital Geral do
Estado e contatamos advogad@s para ajudarem a resolver a
situação.Tentamos prestar queixa e realizar o exame de corpo de delito
d@s estudantes agredid@s e novamente nossos direitos foram negados
nas delegacias da polícia civil e federal.Enquanto discutíamos o
acontecido, o “Magnífico” Reitor da UFBA, Naomar de Almeida Filho,
concedia mais uma entrevista mentirosa a uma emissora de rádio de
Salvador. Nesta, afirmou inescrupulosamente que a invasão da polícia
federal se tratava de uma ação pacífica e necessária à restituição da
ordem democrática e dos trabalhos de implementação do REUNI na UFBA.
Diante desses acontecimentos perguntamos: Nós, estudantes,
professores, servidores, residentes, bolsistas, homens e mulheres,
negr@s, branc@s e índi@s, heterossexuais, homossexuais e transexuais,
tod@s nós, não temos o direito de estar na Reitoria de uma
Universidade construída e sustentada com nosso suor? A quem pertence a
UFBA? A quem pertencem as Universidades Públicas brasileiras? Quem por
direito detém a posse e quem invadiu a Reitoria da UFBA?A polícia ou o
povo? O Reitor ou tod@s nós? Quem tem dignidade e coerência para falar
em democracia na Universidade?Um Reitor que se nega a debater ampla e
verdadeiramente o futuro da educação pública e que encenou a farsa da
aprovação do REUNI na UFBA no CONSUNI do dia 19 de Outubro ou @s
estudantes que propõem um debate aberto e a convocação de um
plebiscito e uma assembléia universitária?Quem respeita a diversidade
de opiniões na Universidade? Estudantes que convocam tod@s para
debater e construir uma Universidade pública de fato ou um Reitor que
recorre à policia para com violência tentar calar as vozes
insurgentes? Que resposta @s estudantes, professores, servidores e a
população da Bahia darão a tamanho autoritarismo e violência senão um
basta? Senão o basta da exigência inegociável de respeito à nossa
dignidade e a democracia nas Universidades Publicas e na sociedade
brasileira? Que resposta expressará nossa indignação e revolta e não
nossa aceitação e cumplicidade senão um basta? Se a Reitoria acha que
agressões morais e ameaças serviram para nos amedrontar, o spray de
pimenta para nos cegar e os chutes, murros e agressões para nos calar
e imobilizar, é porque ignora a força d@s estudantes. A covardia do
uso da forca bruta só multiplica nossas energias e nossa determinação
de ir ate o fim.Nossa luta pela Assistência Estudantil e CONTRA o
Reuni continua.
NA PRÓXIMA SEMANA CONTINUAREMOS O PLEBISCITO NA UFBA SOBRE O REUNI E
EM BREVE ANUNCIAREMOS NOVAS FORMAS DE MOBILIZAÇÃO, AGUARDEM!
Nem um passo atrás! (MPM)
MORU – MOVIMENTO D@S OCUPANTES DA REITORIA DA UFBA ”
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